Muitas vezes nos deparamos com ocorrências de infarto do miocárdio em pessoas que aparentemente não faziam parte dos grupos de risco, ou seja, eram aparentemente saudáveis, não-fumantes, sem problemas com hipertensão, colesterol elevado e diabetes, e sem histórico familiar de doenças do coração.
O acontecimento é menos raro do que parece. Dados do Instituto do Coração mostram que cerca de 40% dos pacientes de doenças coronarianas não apresentam os chamados fatores clássicos de risco.
Para explicar como o infarto miocárdio acontece, imagine uma bomba (o coração) em constante funcionamento, enviando sangue para todo o corpo, se contraindo e relaxando mais de 100 mil vezes por dia. "Para que a bomba não perca a potência, é indispensável um bom suprimento de ‘combustível’, o sangue com oxigênio e nutrientes transportado pelas coronárias, artérias que irrigam o coração".
Segundo o especialista, mesmo que o coração esteja saudável, uma obstrução no trajeto, dependendo do tamanho, pode fazê-lo diminuir o ritmo de bombeamento do sangue, provocando desde angina (dor no peito) até a morte súbita.
O risco de ter um ataque cardíaco, tanto pode ser para homens, como para mulheres. "O número de mulheres com doenças das coronárias tem aumentado muito nos últimos anos".
Sintomas:
O maior sintoma de um infarto é a dor. "A sensação é de ‘aperto’ localizada no peito, à altura do coração. Essa dor é tão intensa que provoca suores frios, náuseas, vômitos e vertigens, ela costuma se irradiar para os ombros e braços , para a mandíbula, as costas, e a projeção do estômago no abdômen. Estes são os sintomas clássicos".
Mas o ataque cardíaco é mais devastador em mulheres porque os sintomas não são intensos como nos homens e elas não dão muita atenção às alterações indicativas de problemas cardíacos. "No homem, acontece dor intensa no peito, com radiação para braços e mandíbula. Na mulher, é apenas um desconforto, geralmente no dorso".
O médico destacou ainda que, embora a mulher seja protegida pelo estrogênio, a partir dos 45 anos a incidência de problemas cardíacos aumenta e depois dos 60 anos se iguala aos homens. Por isso, a associação de cigarro e pílula anticoncepcional deve ser evitada a todo custo. "É uma combinação maligna".
O diagnóstico do infarto é realizado através dos exames eletrocardiograma, hemograma e dosagem, no sangue, de enzimas resultantes da destruição de células cardíacas.
O tratamento deve ser feito em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), para prevenir complicações como as arritmias, a insuficiência cardíaca e para dissolver, por um processo chamado trambólise, possíveis trombos que se formem no local da obstrução.
Como evitar?
Ninguém está imune a ter uma crise, mas há formas de evitar o ataque para não ser a próxima vítima.
Evitar levar uma vida sedentária é muito importante.
"A prática de atividades físicas é fundamental. As pessoas obesas devem receber acompanhamento médico. A hipertensão arterial e diabetes devem estar sempre controladas. Deixar de fumar e beber diariamente também é aconselhável".
Nenhum comentário:
Postar um comentário