O tempo passa e com ele ganhamos mais experiência, sabedoria e, é claro, algumas complicações quando se trata da nossa saúde. Mas, será que algumas doenças como a diabete, o colesterol ou a obesidade são exclusividades dos adultos? Certamente, não! Há 15 anos, o exame para medir a taxa do colesterol, por exemplo, não era prescrito para o paciente pediátrico, mas a situação mudou.
Esta doença é um mal silencioso, não apresenta sintomas e não acomete somente crianças acima do peso. Por isso, os pais não percebem que seu filho sofre de hipercolesterolemia, nível elevado de colesterol ruim (LDL) no sangue.
Embora não existam pesquisas, acredita-se que cerca de 30% das crianças brasileiras tenham colesterol elevado. Além da genética, o problema está relacionado à dieta inadequada e ao sedentarismo. O exame também pode sinalizar outras doenças como disfunções na tireóide e diabetes.
E, como hoje a ciência sabe que é possível encontrar depósitos desse tipo de gordura nas artérias dos pequenos, o que aumenta as chances de problemas cardiovasculares no futuro, todo o cuidado é necessário.
As bolachas recheadas, os salgados fritos, sorvetes, leite integral e derivados, embutidos (presunto, salame), gema do ovo e as carnes vermelhas gordas ainda fazem parte do consumo diário das crianças.
Apesar de algumas escolas abolirem as coxinhas, batatas fritas e outras guloseimas de suas cantinas, muitas crianças ainda resistem à ideia. Driblam os pais, por exemplo, fazendo troca de lanches com os colegas.
Um estudo recente, realizado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças nos Estados Unidos, publicado na Pediatrics, revelou que dieta restritiva e prática regular de atividade física são eficientes no controle da doença, ou seja, fazem com que as taxas de colesterol abaixem sem que seja necessário recorrer à medicação.
Os pais, porém, devem procurar ajuda profissional para estabelecer um cardápio ideal para aqueles pacientes com hipercolesterolemia. O consumo das fibras ajuda no controle do colesterol.
Em crianças, o LDL deve estar abaixo de 170 mg/dL, e o HDL acima de 35 mg/dL. Para avaliar essa taxa, basta um exame de sangue. De acordo com os pediatras, a partir dos 4 anos, deve-se realizar o exame a cada cinco anos. Já aquelas cujos pais apresentam colesterol alto antes dos 40 anos precisam checar anualmente. Em contrapartida, as crianças obesas necessitam submeter-se ao exame a cada seis meses.
Nenhum comentário:
Postar um comentário