segunda-feira, 14 de março de 2011
Meditação: encontre o seu estado zen
Terapia holística praticada em todo o mundo, seja com objetivos espirituais, físicos ou psicológicos, a principal finalidade da meditação é sossegar uma mente irrequieta e a “explodir” com recordações, ideias, obrigações, palavras, imagens e emoções de uma vida que não tem tempo para parar. Enquanto terapêutica alternativa, a meditação ou o “relaxamento consciente”, promove uma serenidade absoluta que, embora possa levar anos a aperfeiçoar, vale a pena. Pronto para encontrar o seu estado zen?
A arte de meditar:
A meditação acompanha a humanidade há mais de cinco mil anos e está presente, de uma forma ou de outra, em quase todas as grandes religiões do mundo. Tradicionalmente, meditar era uma disciplina que buscava o crescimento espiritual, a sabedoria e o “verdadeiro eu”. Hoje, e embora mantenha essa faceta, a meditação vai mais longe e a sua pluridisciplinidade é utilizada para combater o stress dos tempos atuais, melhorando o bem-estar geral, mas também na luta contra várias doenças do foro físico e psicológico. Apesar das diferentes maneiras que é vista e praticada em todo o globo, a meditação pode ser definida como “direcionar a atenção de forma consciente para poder alterar o seu próprio estado de consciência”.
Terapia tranquila, terapia saudável:
A prática meditativa está dividida em duas categorias: a meditação de concentração (exige a concentração total sobre uma imagem, um som ou a respiração para tranquilizar a mente e permitir uma maior consciência e claridade); e a meditação de observação (a atenção é completamente aberta de forma a poder ter uma consciência total de tudo aquilo que “passa pela cabeça”, mas sem pensar nelas; esta “não-reação” desencadeia um estado mental sereno e lúcido). Os avanços da ciência e consequentes estudos vieram entretanto mostrar que mais do que estar sentado no chão a pensar em nada, o estado de relaxamento conseguido pela meditação contribui para uma saúde impressionante porque desencadeia múltiplos fatores psicológicos e bioquímicos – todos eles benéficos para o corpo, mente e alma. Atualmente, são muitas as terapias naturais – acupuntura, técnicas de visualização, aromaterapia, ioga, tai-chi, musicoterapia, massoterapia e hipnoterapia, entre outras – que incorporam elementos da meditação.
Benefícios físicos:
Um descanso puro e absoluto.
Diminuição dos níveis do cortisol (hormônio do stress).
Redução dos radicais livres (contribuem para o envelhecimento e algumas doenças).
Diminuição da pressão arterial elevada.
Pele com maior resistência (uma pele com pouca resistência está ligada a elevados níveis de stress e ansiedade).
Maior resistência muscular.
Redução dos níveis de colesterol.
Melhoramento da respiração (maior e melhor fluxo de ar para os pulmões).
Longevidade (sentir-se e parecer mais novo do que realmente é).
Benefícios psicológicos.
Maior coerência entre ondas cerebrais (resulta numa maior criatividade, capacidade de aprendizagem aguçada, QI mais elevado, intuição mais astuta, excelentes níveis de concentração e de memória…).
Diminuição da ansiedade e depressão.
Diminuição da irritabilidade e alterações de humor constantes.
Sentimento de vitalidade e de rejuvenescimento.
Mais alegria, felicidade.
Estabilidade emocional.
O papel da meditação na doença:
Como complemento ou não da medicina tradicional, a meditação é já amplamente utilizada no melhoramento e tratamento das seguintes perturbações de saúde física e mental:
Toxicodependência:
Controle de stress.
Controle de dor crónica ou pontual (por exemplo: no parto).
Câncer e outras doenças prolongadas.
Doenças cardíacas.
Perturbações respiratórias.
Pressão arterial elevada.
Infertilidade.
Tensão pré-menstrual.
Psoríase .
Enxaquecas .
Insônias.
Úlceras.
Síndrome de cólon irritável.
Fibromialgia.
Como fazer:
A meditação é uma terapia segura e passível de ser praticada por pessoas de todas as idades. Recomenda-se uma formação inicial com um terapeuta especializado e experiente para que depois possa realizar a prática meditativa no conforto da sua casa sempre que quiser. Dominar esta arte demora anos de aperfeiçoamento e de dedicação que passa, naturalmente, por uma prática diária (até duas vezes por dia), numa sessão única de 20 minutos ou então 2 sessões de 10 minutos cada. Os especialistas dizem que não tendo um caráter obrigatório, também se pode recorrer à meditação apenas em momentos onde sente a sua real necessidade. Experimente diferentes períodos ao longo do dia até perceber se o seu melhor momento para meditar é de manhã, de tarde ou à noite.
Os 4 elementos básicos:
Existem muitas variantes da meditação mas todas têm em comum 4 elementos básicos, fundamentais para a prática meditativa:
Um local tranquilo: essencial para poder levar a sua mente a um estado mais sereno, é um local igualmente sossegado; trata-se de um sítio que normalmente procura para relaxar.
Uma posição confortável: o ideal é uma posição sentada, com a coluna completamente direita; existem várias posturas específicas da meditação, como a posição de lótus (completa e parcial), a posição egípcia ou birmanesa.
Um objeto para focar: pode ser a concentração total sobre a respiração, a fixação do olhar num objeto físico ou a entoação de mantras (sons específicos).
Uma atitude passiva ou uma consciência posicionada: considerado o elemento-chave da prática meditativa, define-se como o equilíbrio perfeito entre o estado de relaxamento e o estado de consciência total; está simultaneamente liberto do que se passa à sua volta e na sua mente, sem deixar de assistir ao “movimento” de imagens e pensamentos que inevitavelmente lhe passam pela cabeça.
O que esperar:
A meditação invoca um turbilhão de sensações e de energias potentes que contribuem para desintoxicações físicas e emocionais mais ou menos acentuadas. Por isso mesmo, as experiências meditativas são ilimitadas: podem ser entediantes ou extasiantes, pacíficas ou agitadas, relaxantes ou inquietantes, negativas ou positivas, pode sentir uma claridade mental admirável ou então ter a cabeça cheia de insignificâncias, as energias podem estar em alta ou então sentir-se extremamente cansado. Todas estas experiências são normais e admissíveis, afinal o objetivo da meditação é aceitar tudo aquilo que possa vir ao de cima – só assim se incita a mudança e o crescimento.
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