quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Mel - o floral das mil flores!

Nos nossos dias, estão tão em voga as terapêuticas alternativas e entre elas, se destaca a cura através de extratos florais, sejam de BACH ou da Califórnia.
Parece que é uma coisa nova, porém a humanidade já tem contato com as propriedades medicinais das flores há milhares de anos. Desde aquele tempo o homem observava que o urso pardo, dotado de grande força e garras possantes, dilacerava com facilidade os troncos das árvores até chegar ao alvo do seu interesse:
O MEL DAS ABELHAS.

Ali, o grande animal estraçalhava tudo e, alheio às picadas, devorava o que podia: mel, cera e abelhas. Ao se retirar, deixava nos destroços, restos de mel, de que o homem primitivo, ainda um coletor, banqueteava-se. Assim, nossos antepassados tomaram contacto com as abelhas, passaram a gostar de mel e, por conta própria, foram à caça nas fendas dos altos rochedos, onde o urso não podia chegar.

Milênios após estes primeiros contactos, o homem tentou levar as fazedoras de mel para perto de sua moradia. A princípio no próprio tronco, depois em vasilhames de barro e finalmente, em colmeias. Assim estava criada a apicultura.

O mel, fabricado pelas abelhas a partir do néctar, secreção adocicada que é colhida nas flores, é transformado no interior do inseto graças a algumas enzimas. É composto principalmente por levulose e dextrose, que são açúcares invertidos, diretamente assimilados pelo organismo humano. Sempre foi considerado pelos médicos de todo o mundo como alimento e medicamento ao mesmo tempo.

É um alimento altamente nutritivo, que não engorda, se consumido com moderação, devido à concentração de óleos voláteis, ácidos, vitaminas e sais minerais. Pode variar de sabor e cor, dependendo das flores que as abelhas visitam.
O mel puro cristaliza de forma homogênea, de baixo para cima.


Cuidado!
Não guarde o mel em geladeira porque ele cristalizará devido à baixa temperatura.
Não ferva o mel, porque ele perderá as suas propriedades.
- O mel de laranjeira é antiespamódico e sedativo.
- O mel de assa-peixe é indicado para queimaduras, picadas de inseto e doenças da pele.
- O mel de eucalipto é indicado para todas as doenças do trato respiratório.
- O mel de alecrim é indicado para o estômago e intestinos.
- O mel de hortelã combate a fadiga e as verminoses.
- O mel de girassol, combate o colesterol. O mel de dente-de-leão é regulador das funções hepáticas.
- O mel de erva cidreira é recomendado para pessoas de digestão lenta e difícil.
- O mel de acácia é o mais rico em frutose, sendo recomendado para adoçar mamadeiras de recém-nascidos, que não usam leite materno. outros méis saborosos são: mel de caju, mel de algaroba e mel de candeia.

Em cada 100 g de mel encontramos aproximadamente:
Ácido pantotênico ____________ 105 mg.
Proteínas e aminoácidos ______ 4,7mg.
hidratos de carbono __________ 70 mg.
água _________________________ 18 mg.
Vitamina B1 __________________ 6 mg.
Vitamina B2 __________________ 61 mg.
Vitamina B3 __________________ 300 mg.
Vitamina PP __________________ 0,3 mg.
Vitamina C __________________ 2,5 mg.
Enzimas (Invertase e amilase).
Minerais (Ph;Ca;Mg;K;Na;Cl;S;Fe;Si;Cu;etc.).
Ácidos: Fólico, Láctico, Fórmico, Málico, oxálico, tartárico, tânico, cítrico e acético.
Colina e acetilcolina. Com essa riqueza de elementos, os nutricionistas chegaram à conclusão que 1000 g de mel puro, equivale a 9000 g de cenoura; 5400 g de maçãs; 4000 g de ameixas; 2600 g de carne de boi; 1400 g de carne de porco; 4200 g de uvas; 3600 g de ervilhas; 1000 g de nozes; 675 g de queijo; 40 laranjas e 21 bananas.

Outras indicações medicinais do mel:

PARA PESSOAS SADIAS:
- Amenizar as insuficiências alimentares eventuais em aminoácidos, sais minerais, vitaminas, etc.
- Facilitar a assimilação e a digestão de outros alimentos.
- Reforçar o organismo em sua luta contra agressões.
- Dar ao organismo maior resistência contra o cansaço físico e intelectual em ocasião de atividades intensas.
- Dar ao organismo melhor rendimento, principalmente, aos atletas.

PARA DOENTES EM CASOS DE:
- Astenia em casos de cansaço físico ou mental.

- Anorexia ou perda de apetite.
- Desnutrição, principalmente para crianças.
- Deficiência constitucional.
- Atraso de crescimento.
- Má dentição.
- Prisão de ventre.
- Úlceras gastro-intestinais.
- Anemias (indica-se o mel escuro).
- Conjuntivites.
- Bronquites.
- Tosses.
- Hipoglicemias.
- Nefrites (o mel é diurético).
- Insônia.
- Úlceras dermatológicas.
- Queimaduras ( aplicação local).

- Emagrecimento sem etiologia precisa.

A posologia diária para o adulto é de uma colher de sopa, enquanto que para as crianças, é de uma colher de chá. Para tomar mel puro, recomenda-se ingeri-lo vagarosamente, pouca quantidade de cada vez.

Ainda falando sobre a cristalização do mel, que às vezes leva-nos a suspeitar de adulteração do produto, esclareçamos algumas dúvidas:

Todos os méis são líquidos quando produzidos pelas abelhas, mas, por serem soluções super saturadas, quando armazenadas em temperaturas abaixo da temperatura média da colmeia (37oC), tendem a cristalizar (granular).
Esta cristalização varia de acordo com vários fatores, como o teor de glicose; teor de água na sua composição natural e procedência floral do néctar ( espécie de flor na qual a abelha o colheu).
Quanto mais glicose houver, mais tendência a cristalizar terá o mel. Quanto à presença de água, sabe-se que méis com menos de 17% de água na sua composição natural, são mais prováveis de cristalizar que aqueles com mais de 18%. Já aqueles com mais de 19% de água, tendem a fermentar (azedar).
A granulação dos méis também depende da flor que forneceu o néctar que a abelha colheu. O mel originário da flor do assa-peixe, cambará e acácia, dificilmente cristalizará, enquanto o mel originário da flor de nabo e dente-de-leão tem grande facilidade de cristalizar.
O mel fluido e o cristalizado não têm diferenças essenciais entre si.


Conservam a mesma natureza, tanto em estado líquido como em estado sólido ou granulado. Todo mel bom, maduro e perfeito tende a cristalizar espontaneamente, quando armazenado, portanto recomendamos que se o seu consumo não for rápido, seja conservado em recipientes de vidro de boca larga, que possibilitem a sua remoção com uma colher, para ingeri-lo em estado sólido. Se desejar liquefaze-lo, coloque-o em banho-maria por alguns minutos.

Cada vez que pensamos em adquirir mel para nosso consumo, sempre nos vem à mente a dúvida sobre a pureza ou não do produto. Há várias simpatias populares que garantem verificar a pureza ou não do mel, entre elas, citamos a embebição de um palito de fósforo no mel e tentar risca-lo. Se acendesse, o mel era bom. ao contrario, era adulterado.

Outra maneira seria virar, lentamente a garrafa de cabeça para baixo. Se as bolhas subissem lentamente, o mel era bom. Alguns "peritos conhecedores", garantem que conhecem um bom mel pelo cheiro ou pelo sabor. Na verdade tudo isso não passa de crendices.

A única maneira segura de se comprovar a pureza do mel, é através de exames laboratoriais e como isso não pode ser feito regularmente por todos os compradores, o mais prático é que se adquira o produto diretamente de um apicultor, que geralmente tem uma ética e um orgulho da sua produção.

Consuma mais mel, tenha mais vigor e saúde e torne sua vida mais doce!

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