PASSARINHO NÃO BICA CARAMBOLA
A Câmara de Vereadores da cidade de Jaú, no interior de São Paulo, aprovou por unanimidade um projeto do vereador José Mineiro de Camargo (PSB) que obriga estabelecimentos como lanchonetes, bares, restaurantes, hospitais e repartições públicas municipais a fixarem cartazes alertando para o risco do consumo da carambola e do suco da fruta.
A carambola tem uma toxina que pode matar portadores de insuficiência renal. A lei, que também estabelece aos donos de estabelecimentos que evitem a venda da fruta a pessoas que tenham complicações renais, vigora há menos de dois meses. É mais um alerta do que uma proibição às pessoas que têm insuficiência renal, para que não venham a sofrer as conseqüências.
A carambola tem uma neurotoxina que, se não for filtrada, vai direto para o sangue.
Se o paciente portador de insuficiência renal comer a fruta, ele deve contar ao médico,
pois corre o risco de entrar em coma e morrer, se não fizer hemodiálise.
O rim normal filtra a toxina, afirmou o vereador. Depois de contar que pesquisou o assunto, Camargo disse que os diabéticos também correm risco e que 99% da população desconhece os danos causados pela carambola.
O médico Eduardo Martins Rebec, nefrologista do setor de hemodiálise da Santa Casa de Jaú, confirma o risco no consumo da fruta. Há risco de morte, sim.
O rim de quem tem insuficiência renal não consegue eliminar a toxina, que se acumula
no sangue e acomete o sistema nervoso central. Se o portador de insuficiência renal
ingerir a carambola, pode ter convulsões e entrar em coma com risco de óbito,
alerta. Para remover a toxina, é feita uma hemodiálise de urgência.
A fruta carambola pertence à família das Oxalidácea, espécie Averrhoa carambola. Acredita-se que tenha se originado no Sri-Lanka e nas ilhas Molucas, mas vem sendo cultivada no sudeste da Ásia e Malásia por vários séculos e aclimatada em vários países tropicais como o Brasil. Ela é classificada como um fruto subtropical.
Algumas subespécies (das dez existentes) têm sido utilizadas para polir metais, especialmente bronze, uma vez que ela dissolve manchas e ferrugem, devido, provavelmente, ao seu alto teor de ácido oxálico. É também utilizada, na Índia, para estancar hemorragias, aliviar sangramento de hemorróidas. No Brasil, a carambola é recomendada a diabéticos como hipoglicemiante (abaixa o teor de açúcar do sangue), como diurético e indicada em queixas renais e de vesículas.
As frutas mais azedas têm um alto teor de ácido oxálico e não bicham, as maiores e mais coloridas têm menos desse ácido.
No entando, o ácido oxálico pode ser altamente tóxico para doentes renais.
Em pessoas com a saúde renal normal, a toxina é filtrada pelo rim e eliminada do organismo, sem qualquer problema. Mas se o rim não funciona, a toxina concentra-se no sangue, atinge os neurônios e provoca soluços e convulsões. Pacientes renais são proibídos de comer o fruto ou qualquer derivado, sendo o ácido considerado uma neurotoxina (age no sistema nervoso). Casos de morte já foram registrados, pois a forte convulsão é praticamente irreversível.
A cura pode se dar através de hemodiálise.
Cientistas dizem que "a árvore, em sua evolução, selecionou a toxina para se defender do ataque das moscas da fruta."
A existência da toxina foi comprovada através de uma pesquisa iniciada em 1996, na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo
Não deixem de ler mais informações nos links indicados a seguir:
http://www.todafruta.com.br/portal/icNoticiaAberta.asp?idNoticia=8327
http://medicinasnaturais.blogspot.com/2008/02/carambolas-vs-doentes-nefrolgicos.html